Visita ao Mosteiro de Tibães

Exmo(a)s. Sr(a)s.,

aproveitamos para divulgar a próxima iniciativa dos Bravos da Boa Luz de acordo com o seu plano de acção para 2007.

No próximo dia 25 de Abril, Dia da Liberdade, pelas 10 horas, os Bravos e seus familiares visitarão o antigo convento beneditino de Tibães.

Aguardamos pela sua participação no evento.

Bravos de Luto

Faleceu vítima de doença prolongada um dos nossos, Tomané Coelho, o Massa. Cunhado do membro dos orgãos sociais Valdemar Ataíde e irmão da associada Sãozita Ataíde.

As nossas mais sentidas condolências.

Visita às Sete Fontes - 31 de Março de 2006

Numa bonita tarde em que o Sol levou a melhor sobre as nuvens, os Bravos brilhantemente orientados pelo Prof. Miguel Bandeira, visitaram o magnífico sistema hidrológico das Sete Fontes.

Com início da construção em meados do Séc. XVIII e localizado na mais populosa freguesia do distrito, S. Vítor, este Monumento Nacional (classificação do IPPAR após 12 anos de luta intensa. Parabéns Prof. Bandeira!) ainda está em funcionamento e tão bem localizado entre o monte e o vale verdejante que ainda subsiste na parte norte da cidade.

Mais do que em funcionamento, o que impressiona e ver as águas cristalinas que jorram das cerca de 13 fontes que constituem este sistema! Numa fonte exterior é possível comprovar a pureza das águas num relatório efectuado pelas autoridades competentes há pouco mais de meio ano.

O Prof. Miguel Bandeira, explicou aos muitos interessados que compareceram no local, a importância da infraestrutura para a época e que ainda nos dias de hoje continua actualizada.

As câmaras de sedimentação mostram o engenho da época e permitem a entrada nos túneis que levam às fontes subterrâneas do sistema montanhoso localizado entre S. Vítor e Gualtar.

Assim, efectuou-se o acompanhamento do sistema de abastecimento que aquela época só tinha comparação com o sistema de abastecimento a Lisboa (com o ex-librís do Aqueduto das Águas Livres), com o aqueduto de Vila do Conde e poucos mais em Espanha. Aliás, as 7 Fontes só não mostram mais expressão pública, pois não foi necessário construir infraestruturas imponentes ao nível do solo. A sua beleza está na captação e junção de várias fontes num único veio subterrâneo que produz um caudal que há época servia uma grande cidade de 17.000 habitantes.

No exterior, a paisagem enchia de espanto os membros dos Bravos que se questionavam se não estariam para "os lados do Gerês" tão verde eram os pastos, e são melódica era a música dos pássaros.

A inteligência dos construtores da época é comprovada na criação de sistemas que permitiam a limpeza dos canais, que tão arduamente foram escavados em portentosos blocos de granito. A instalação de várias infraestuturas tipo "paliteiro" permitia a circulação do ar do interior para o exterior, pois as águas turbulentas poderiam causar o rebentamento de condutas com o excesso de ar no interior. Tanto engenho!

De facto, este sistema foi criado para durar pois um terramoto em 1755 foi capaz de destruir vastas zonas do país, mas não causou qualquer perturbação no sistema. A comprovar a data na primeira câmara que é anterior ao evento acima mencionado.

Infelizmente, só o Homem parece ser capaz de derrubar este Monumental Sistema que se extende até às traseiras do futuro Retail Park. Daí até ao centro da cidade, os antigos regos de granitos foram substituidos por tubos de pvc em obras camarárias recentes.

Pior, foi a destruição do brasão do arcebispo há uns quatro anos na primeira das câmaras. Felizmente este foi restaurado e está no depósito do Mosteiro de Montariole (outro local pejado de fontes entre as quais a da Mina Preta).

Triste, o facto do guarda-águas nos ter confidenciado, que uma pessoa lhe ofereceu 5.000€ para ficar com este mesmo brasão. De salientar a honestidade do homem que não aceitou este suborno.

Esperamos que este venha a ser incorporado quando a C.M.B. decretar a criação de um Parque naquele local.

Infelizente foi possível observar actos de vandalismo na cota menos elevada do Sistema.

Acontecimentos recentes mostram que Monumento Nacional corre o risco de perder a sua funcionalidade no caso de se avançar com a construção da via rápida de acesso ao novo hospital e para Amares e Terras de Bouro. Os terrenos adjacentes parecem estar em mãos de quem quer erguer mais torres de apartamentos e moradias como já não bastasse as dezenas de milhares de habitações que se encontram por vender no concelho. Uma séria ameaça à continuidade do Monumento. Uma boa comparação feita no local "as 7 Fontes sem água, seriam como um Jardim sem Flores!".

A cidade de Braga terá de crescer e o novo hospital é bem-vindo! Contudo, o desenvolvimento sustentável é sempre necessário, pois no futuro nunca se saberá se aqueles cristalinas águas poderão tornar a matar a sede a uma parte importante da população bracarense.

É que o bem mais precioso do Planeta é a Água! O dinheiro infelizmente, não se come e muito menos de bebe! Ainda bem que a nova geração de Bravos estavam bem representado quer por crianças bem como adolescentes.

Os Bravos agradecem a visita dos interessados em defender o Património que é de todos e não só de alguns!